domingo, 25 de novembro de 2012

ACTUAR PARA REPOR A LEGALIDADE


Nascimento Rodrigues é de opinião que o Provedor de Justiça tem de ter uma posição de isenção, de imparcialidade perante a política partidária. “Não nos podemos influenciar pela política partidária”, diz. “O nosso papel é defender os cidadãos, mas é importante referir que nós não somos advogados”. Nascimento Rodrigues refere as queixas que a Provedoria de Justiça recebe. “Quer na Madeira quer os Açores as queixas incidem mais sobre as Câmaras Municipais” revela. “ São questões que estão relacionadas com a vizinhança. São assuntos que exigem por lei, a intervenção dos órgãos autárquicos. Sinto dificuldade em fazer compreender às câmaras municipais que têm de actuar para repor a legalidade de uma construção que porventura não foi devidamente legalizada”.
Segundo Nascimento Rodrigues, as autarquias também não conhecem as competências do provedor: “ Estas não devem encarar a Provedoria como uma espécie de contrapoder e não interpretam bem a intromissão da Provedoria e esquecem que esta está apenas a cumprir a lei, tentando ouvir as duas partes envolvidas nos processos, a pública e a privada, ou seja, o cidadão. Este tipo de procedimento é normal para que o provedor possa tomar uma decisão”
Funchal, 18 de Outubro de 2003