quarta-feira, 21 de novembro de 2012

MUDAR PARA CONTINUAR


"A justiça social exige combate ao desemprego, que temo, possa aumentar gravemente.
A crise, é também de todo um povo que ainda não conseguiu afirmar-se colectivamente. Não há curas nem soluções milagrosas. É preciso que haja consciencialização patriótica nomeadamente quanto aos problemas económicos. Não se deve esperar do Estado o que não é viável que o Estado conceda. Na actual situação de crise interna e externa não parece que seja avisado encarar o conteúdo das compensações sociais pela mesma forma por que era encarado há uns anos."
(Março de 1983)
"É incontroverso. O mundo do trabalho mudou, porque mudaram as estruturas produtivas, os comportamentos sociais, a própria estrutura familiar. Nem tudo muda ao mesmo tempo e da mesma maneira, como é evidente".
Lisboa 1993
 "Mas é preciso perceber que não é possível recuar no tempo. Tal como é imperioso avaliar se o tempo do futuro é um tempo de evolução sem roturas na coesão económica e social nuclear do país, sem a qual arriscamos convulsões cujo desfecho seria imprevisível
Esta é, apenas, uma parte da mudança que atravessamos. Esta vai mais fundo e mais longe e apela à reconsideração do nosso modelo social no seu todo, por forma a que seja mais equitativo e menos igualitarista, mais parcimonioso para quem não precisa e mais justo para quem precisa, mais apelativo à responsabilização individual e menos difuso na socialização em que ninguém é alguém e todos não somos nada.
Talvez por aqui se reintroduza a imemorial exigência da dignidade de cada pessoa."
Lisboa 2005