segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

SEM ALARDES NEM PARANGONAS



O antigo deputado do PSD e ministro do Trabalho do primeiro Governo de Pinto Balsemão (1981) é um discreto actor do palco político. A partir da Provedoria de Justiça, sem alardes nem parangonas, lá vai levando a água ao seu moinho, no difícill papel de “defensor do povo” perante os abusos da administração. Nem sempre as suas recomendações são acolhidas? Sabe-se que muitas vão para o caixote do lixo, porque as entidades visadas, pouco disponíveis para lidar com influências externas e propensas a agir, frequentemente com a sobranceria que a impunidade confere, não são obrigadas a segui-las. No entanto, o facto de as questões serem suscitadas vale por si só. Quanto mais não seja, por fomentar a confiança dos cidadãos na Provedoria, um instrumento que é seu e deve ser usado. É a essa luz que pode interpretar-se a intervenção de Nascimento Rodrigues na administração fiscal, resultado de uma inspecção que detectou deficiências e até ilegalidades no sistema de execuções fiscais e descobriu que a Banca se apressa a congelar a totalidade do saldo das contas penhoradas pelo Fisco. (Jornal de Notícias 22 de Novembro de 2007)