Foi o último capítulo de uma vida que queríamos
contar. O Henrique morreu. O nosso mundo mudou. Mas curiosamente, todo o mundo
mudou. Não só o nosso! Mudou o Mundo de outros de muitos outros. Mudou o mundo da
nossa família, não tenho dúvidas. Mas de quantas famílias mudou o mundo?. O
Henrique morreu. O cimento do mundo mudou. Do nosso? É evidente. E o cimento do
resto do Mundo? 2013 é muito diferente de 2010! Como se a alma da nossa
democracia tivesse morrido com o Henrique.
Neste 4ºano após a sua morte sentimo-nos, nós
família, (mas muitos outras também), como aves a abandonar o ninho, gaivotas a
mudar de rumo, cardumes a morrer na areia.
É verdade que o Henrique morreu. Mas não podemos
desistir de tudo porque lutou e nos ensinou. Ao contrário. Por ele renovaremos
a vida, endureceremos o cimento, o do nosso mundo, o do mundo dos outros
também. Por ele teremos força para continuar. O último capítulo não vai ser um
fim, de ti, de nós e de tantos outros.
A saudade não é despedida. É recomeço, é presença.
A saudade não é despedida. É recomeço, é presença.