“Das imagens que tenho da infância, guardo a altura do meu Pai
como marca fortíssima. Em criança, olhava para o meu Pai como um homem alto,
muito alto, magro também, mas nunca o achei distante ou inacessível. Os livros
e os papeis, debaixo do braço ou na pasta que trazia, segurados pelos dedos
onde punha o cigarro, também estavam sempre lá. Debaixo do braço, na pasta, em
cima da mesa da nossa sala de jantar, onde tantas vezes trabalhava, mas sempre
com ele, os livros. Muito tinha o meu pai para ler e escrever…”
Sofia Nascimento
Rodrigues