“ Uma visão global
dos problemas que proporcione soluções eficazes e perduráveis” é o objectivo do
“debate social alargado” a que o titular da pasta do Trabalho deu já início com
os parceiros sociais.
Os representantes da Confederação do Comércio Português, aceitaram
dar o primeiro passo para aquela espécie de pacto social que o ministro lhes
propôs, na ocasião, pedindo ao titular do edifício da Praça de Londres que os
informasse sobre a posição dos restantes parceiros sociais em relação à
iniciativa.
Recorde-se que Nascimento Rodrigues recebeu já entre outros
a CGTP-IN a UGT e a CIP.
A Inter que apesar de ter sido recebida mais do que uma vez
pelo ministro não se tem coabido de expressar a sua “desilusão” pelos diálogos
havidos, volta hoje à Praça de Londres onde, entre outras coisas, apreciará processo
de contratação colectiva, tendo em vista imprimir-lhe maior celeridade.
Depois de mais de
três horas de conversa, á saída do encontro, o porta voz da CGTP- IN considerou
importante este tipo de reuniões
manifestando a disposição da
Central Sindical em mantê-las enquanto for possível avançar algumas
coisas de concreto e afirmou que o Ministério do Trabalho está mais aberto ao
diálogo mas em termos de resultados práticos, e até prova em contrário,
continua igual ao anterior.
A UGT e a CIP, na agenda das audiências a conceder por
Nascimento Rodrigues, pronunciar-se-ão sobre o “debate social alargado” que o
ministro propõe.
16 de Março 1981
“ A UGT aceitou a ideia do estabelecimento de um debate
alargado sobre a legislação laboral actual, tal com anteriormente a tinha
aceite a Confederação do Comércio Português -
declarou o Ministro do Trabalho, Nascimento Rodrigues, no final da
reunião com a UGT.
Nascimento Rodrigues disse
também que “ com a GTP-IN, não foi ainda possível chegar a total entendimento e
por isso vamos continuar com o diálogo, como prova da democraticidade deste
Governo”. “ É necessário elaborar um diagnóstico da situação laboral portuguesa
para fazer o despiste das melhores soluções”.
Aquele diagnóstico deverá ser
feito por representantes das confederações patronais, sindicais, do Ministério
do Trabalho e, eventualmente por personalidades independentes.
Comunicação social escrita ( de 7 a 16 de Março 1981)