“O
equilíbrio social tem agora horizontes mais vastos e desafios mais fundos:
disponibilizar a cada um e a todos melhores oportunidades de emprego, de
trabalho, de actividade, de empreendimento e de uma aprendizagem sem hiatos.
Pode, por isso, estar terminado o ciclo do emprego único para toda a vida, mas
não pode é aceitar-se a situação em que o bem escasso do emprego seja
apropriado e feudalizado contra um número cada vez maior de excluídos do
mercado activo e da solidariedade humana. Este não é só um problema do Estado,
pela repetida evidência da ineptitude para o tratar. Insisto, pois, nessa ideia
muito simples de chamar e envolver os parceiros sociais no desafio comum do nosso
desenvolvimento. É que não se joga à bola sem árbitro - mesmo que, depois, se
costume dizer mal.
Lisboa 1999
“O efectivo Estado de direito não se basta com a mera
institucionalização de uma democracia formal mas depende, antes de mais, da
actuação cívica activa de cada um dos membros da comunidade.
É tempo de exigirmos a toda a comunidade, e não só ao
Estado, a construção de uma sociedade mais justa e socialmente mais
preocupada.”
Lisboa, Dezembro de
2004