(…) para defesa e prestígio da instituição
que tive o privilégio de dirigir durante quase nove anos (…).”
(…) pelo sentido de respeito que me merece a
excelente equipa de colaboradores que deixo.(…).”
No dia 3 de Junho de 2009 o Henrique renuncia
ao cargo de Provedor de Justiça. Simbolicamente, como que anunciando uma
mudança na sua vida, os filhos e o neto mais velho foram buscá-lo à Provedoria
de Justiça, e, acompanharam-no a casa.
Na carta dirigida ao Presidente da Assembleia
da República, o Henrique explica, claramente, a escolha do momento de renúncia.
Do ponto de vista institucional, e após ter falhado, a tentativa de eleição do
novo provedor, não haveria condições para o desempenho efectivo das suas funções.
E diz:
“É da
minha mais estrita obrigação institucional prestigiar o mandato que o Povo,
através do Parlamento, me concedeu. Ora, é para mim manifesto que, ao deixar de
possuir condições mínimas para prosseguir as minhas funções, a elas devo
renunciar – exactamente para a defesa e
prestígio da instituição que tive o privilégio de dirigir durante quase nove
anos. Se o não fiz antes, foi apenas porque procurei preservar, nos limites
do humanamente possível, a dignidade do cargo provedoral, o prestígio ganho de
há longa data pela instituição Provedor de Justiça, também para dar todo o
tempo ao tempo, excessivo embora, que se levou para se proceder à minha
substituição – e, sobretudo, seja-me consentido dizê-lo frontalmente, pelo
enorme e profundo sentido de respeito que me merece a excelente equipa de
colaboradores que deixo, agora, com tristeza e saudade, mas também com a
certeza de que nela ganhei Amigos para toda a vida.” (…)