Decorre o mês de Abril do ano 2009. Ainda e
sempre o mesmo assunto: o impasse na eleição do Provedor de Justiça. Agora na
opinião de António José Teixeira.
“ Nunca como hoje o provedor de Justiça
pareceu tão importante. Foi preciso o titular cessante gritar alto e bom som
que se tinham esquecido dele para nos darmos conta de que, afinal, havia e
parece que ainda há um provedor de Justiça. O mandato de Nascimento Rodrigues
expirou há nove meses e continua a não haver notícias de urgência e de vontade
na sua substituição, apesar da atenção mediática dos últimos dias. (…) PS e PSD
não se desentenderam quanto à qualidade ou ao perfil (…) para desempenhar as
funções de provedor de Justiça; desentenderam-se apenas e só quanto ao direito
de cada um deles nomear o «seu» provedor. (…) É previsível que o impasse perdure(…).
E o país arrisca-se a ver Nascimento Rodrigues bater com a porta da Provedoria
com estrondo sem que tenha alguém para o substituir. Mais do que o desrespeito
dos cidadãos, ficará patente a cegueira dos tutores de um regime que vai
cavando o seu descrédito. Um vazio que corresponde, afinal, ao vazio político
em que estamos mergulhados”.
Excerto de um texto
da autoria de António José Teixeira - Jornalista