A 19 de Junho de
2001, o Henrique responde a perguntas, escritas, que lhe são enviadas pelo BOA
(Ordem dos Advogados). As perguntas incidem sobre variados temas, como por
exemplo:
Que balanço faz
do trabalho realizado? Quem recorre mais à mediação do Provedor de Justiça?
Que futuro espera este órgão? A esta pergunta o Henrique responde assim:
Que futuro espera este órgão? A esta pergunta o Henrique responde assim:
“ Suponho ser indiscutível a credibilidade
que, por mérito dos meus antecessores, já alcançou a existência do Provedor de
Justiça. É minha obrigação sustentá-la e, se possível, amplificá-la. (….).
Não quero falar, porém, exclusivamente, no
“Provedor de Justiça”; falo, antes, nos meus colaboradores, porque quero fazer
tudo isto só com eles. Sem eles o Provedor é pouco. E, ao dizer isto, sinto que
já estou a marcar outro eixo de perspectiva nesta instituição: quer dizer, o
órgão continuará a ser unipessoal – o que está certo -, mas deve ser, também colegial no esforço e no
serviço que presta aos que a ele recorrem.
Não sou só eu que tenho que sentir “o
Provedor”. Sem abdicar em nada desse estatuto, desejaria que cada um, e todos
os meus colaboradores, partilhassem comigo a função para que fui eleito,
ajudando-me a exercê-la com dignidade e competência. Se tem que existir um rosto,
deve existir um corpo coeso”.
Lisboa
19 de Junho 2001
Continuou a servir os cidadãos, (muito para além do tempo de vigência do seu segundo mandato), nas mais precárias
condições de saúde. Uma das razões - a solidariedade
institucional para com “o corpo”- Provedoria de Justiça.
O Henrique morreu faz hoje dois anos e seis meses. Todos, familiares e amigos, sentimos como é dura a sua ausência.
O Henrique morreu faz hoje dois anos e seis meses. Todos, familiares e amigos, sentimos como é dura a sua ausência.