RTP Notícias, 12 de
Julho de 2008
O mandato do Provedor
terminou na terça – feira e Nascimento Rodrigues indicou estar interessado em
abandonar o cargo. No entanto, ainda é desconhecido o nome do seu sucessor,
pois PS e PSD não se entendem quanto à personalidade a eleger.
A eleição do Provedor
de Justiça requer o voto favorável de dois terços dos deputados, o que implica
um acordo entre os dois maiores partidos com assento na Assembleia da
República. As eleições para a presidência do PSD e a consequente mudança na
liderança da bancada parlamentar social-democrata provocaram um atraso no
processo.
No início do mês a
conferência de líderes agendou a eleição para o próximo dia 18, mas tal não
deverá ocorrer. Ainda não existe qualquer candidato à sucessão e, por lei, as
candidaturas devem ser apresentadas até 30 dias antes do escrutínio. A designação
do novo provedor deverá ficar adiada para Setembro.
O Provedor diz ter as
contas arrumadas e sublinha que em 2007 conseguiu resolver quase 90 por cento das
queixas que recebeu
O Provedor de Justiça
Nascimento Rodrigues afirmou, em entrevista ao ‘Semanário Expresso’, que o
executivo de Sócrates foi o que o fez gastar uma dose maior de paciência.
Nascimento Rodrigues explicou que teve de lidar com “demoras e respostas evasivas” de quatro
executivos diferentes. “ A verdade é que,
tendo-me deparado com quatro Governos – Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes,
e Sócrates – este último ganha aos pontos na lenga-lenga. É preciso paciência,
afirmou.
O Provedor de Justiça
define como “lenga-lenga” o que considera serem estratégias seguidas pelo Governo
de José Sócrates para evitar uma resposta às solicitações da Provedoria de Justiça”