Disse o Vasco que este fim de semana seria
maravilhoso. Sexta feira, celebraríamos a festa do Avô e, no sábado, os 6 anos
do Duarte! A “festa do avô” a que o Vasco se refere é o nosso encontro nesta
igreja para lembrarmos o terceiro ano passado desde a morte do avô Henrique.
Para o Vasco é uma festa. Porque estamos
juntos. Porque lembramos o avô querido (falamos dele, recordamos momentos
partilhados, trazemo-lo novamente para mais perto de nós…) E também porque nos
lembramos de agradecer a Deus pela família que somos e de lhe pedir que nos
ajude a descobrir quem somos hoje, sem o avô presente.
Hoje assinalamos a morte do avô, amanhã
celebramos a vida do Duarte. São apenas dois lados da mesma unidade. A vida e a
morte. A unidade de amor de Deus por nós. É esse amor que supera tudo o que hoje
queremos agradecer.
Agradecemos-te, Senhor, por estarmos aqui
reunidos e pela família de Amor que somos.
Agradecemos-te, Senhor, pelo exemplo de
exigência, de trabalho e de rigor que o Avô Henrique nos deixou. Pelo seu
discernimento, pela pessoa atenta ao mundo que era e pela sua humanidade.
Agradecemos-te, Senhor, porque esse amor
nunca morre e é eterno, apesar da nossa finitude.
Pedimos-te, Senhor, para que o Avô Henrique
nunca deixe de fazer parte de nós. Para que o nosso olhar seja vivo como o
dele, capaz de se abrir para todas as coisas, de uma forma criativa e mais
criadora.
E para que consigamos ver como este encontro,
nesta igreja, também é, de facto, uma festa.
Assim celebraremos a tua ressurreição.
Assim será realmente Páscoa.
Lido pelo Afonso, hoje, na Igreja de Santa
Isabel