Olho em redor a imensa
vastidão,
Um mar de ondas mansas
de capim,
E a anhara da Cameia é
mar sem fim…
Um reino de silêncio e
quietação.
Paira no ermo a mágica
visão
De pálida miragem de
marfim:
Princesa que foi de um
jardim,
E a quem só resta a vaga
solidão…
Princesa morta dum país
lendário
Vigia do seu trono
solitário
Seus bíblicos rebanhos
sossegados.
E, à noite, as chamas
rubras das queimadas
São estátuas pagãs,
transfiguradas,
São guerreiros da selva
iluminados!
(Poesia de J. Galvão Balsa, in “Oiro
e cinza do sertão)
O Poema é, ainda, um dos muitos que o Henrique tinha seleccionado para o blogue. O quadro pertencia-lhe e, estava, com muitos outros, nas paredes do seu escritório