(...) A competitividade das empresas ou é favorecida pela
qualidade/inovação/produtividade, própria de recursos humanos qualificados, ou
tem de ser compensada/sustentada pelos baixos salários, pela desprotecção
social e pala inexistência de condições minimamente compatíveis com a dignidade
humana.
É evidente que não seria solução ver o nosso aparelho
empresarial a disputar a competitividade nos mercados internacionais à custa da
degradação social interna… Mas também é certo que só nos colocaremos na disputa
internacional em postura diferenciadora se ganharmos a batalha da qualidade
pela valorização dos recursos humanos.(...)
Lisboa, 15 de Março de 1995