A 18 de Outubro de 1985 “O Jornal” noticiava:
Nascimento Rodrigues na Guiné Bissau
“Foi no final de Agosto que Nascimento Rodrigues firmou com a OIT um contrato como consultor em legislação laboral na Guiné Bissau. O contrato segue-se a outras missões desempenhadas pelo ex-ministro do Trabalho do I Governo de Pinto Balsemão, na qualidade de perito da OIT, junto dos governos da Guiné Bissau e de S. Tomé e Príncipe. Nascimento Rodrigues estará em Bissau pelo menos um mês. É o único perito português que tem trabalhado com a OIT em matéria de legislação do Trabalho. Trata-se, contudo, de uma colaboração a título pessoal, uma vez que nunca foi enquadrada em qualquer iniciativa do Ministério do Trabalho”.
“Foi no final de Agosto que Nascimento Rodrigues firmou com a OIT um contrato como consultor em legislação laboral na Guiné Bissau. O contrato segue-se a outras missões desempenhadas pelo ex-ministro do Trabalho do I Governo de Pinto Balsemão, na qualidade de perito da OIT, junto dos governos da Guiné Bissau e de S. Tomé e Príncipe. Nascimento Rodrigues estará em Bissau pelo menos um mês. É o único perito português que tem trabalhado com a OIT em matéria de legislação do Trabalho. Trata-se, contudo, de uma colaboração a título pessoal, uma vez que nunca foi enquadrada em qualquer iniciativa do Ministério do Trabalho”.
“ Cá cheguei… bem. A viagem foi boa, mas muito maçadora, porque longa
(desde Genebra) e com essa atrapalhação toda da escala em Lisboa. (Foi
necessário ir ao aeroporto trocar a mala - receber a mala com roupa de Inverno,
e entregar uma mala com roupa de Verão. Tenho
bem presente, ao fim de tantos anos, quão terrível foi o stress deste
breve encontro em pleno aeroporto. Depois de quase um mês em Genebra, a que se
seguiria mais um mês em Bissau, tanta saudade, tanta coisa para pôr em dia, tão
pouco tempo). Felizmente que o
funcionário da TAP foi de grande eficiência e simpatia. Tinha à minha espera no
aeroporto o Director Geral do Trabalho, em representação da Secretária de
Estado, e também o 1º Secretário da nossa Embaixada e o Engenheiro da Cicer
(cervejas de cá). Correu tudo sem qualquer problema e com todas as atenções
(formais) que são possíveis. Decidi ficar no Hotel até amanhã (2ª feira), pois
só então terei a primeira entrevista com a Sec. de Estado e só a partir daí me
será possível estar seguro de que terei carro à disposição.
Como eu calculava foi um fim de semana inútil e difícil de passar
porque não há nada para fazer. Mas como dizia, se de facto, ficar com o carro à
minha disposição, instalar-me-ei então num apartamento da Cicer, que são
melhores do que o Hotel por causa da água – luz garantidos. Além disso, só o
apartamento do hotel custa 70 dólares (ou seja 12 contos), fora as refeições, o que é muito. Virei então, como tinha pensado, tomar as
refeições ao hotel.
O hotel parece-me, no aspecto de alimentação e serviço, francamente
melhor. Calcula que tive a surpresa de ter ao pequeno almoço café com leite,
manteiga e queijo, e toalhas muito limpa. São portugueses (TAP e Estoril Sol)
que exploram o Hotel.
Com as correrias da chegada e da partida, deixei na mala documentação
que me é essencial para o trabalho aqui. São documentos da OIT sobre convenções
ratificadas pela Guiné e um relatório assinado. Manda-me isso com urgência,
pois preciso para o trabalho.
Bissau 17 de Novembro
de 1985