“Uma característica que tem
distinguido esta cooperação entre as seis Administrações do Trabalho repousa na
agilidade e na flexibilidade de actuação que se lhe tem imprimido. Uma
cooperação que se afunde em ofícios, que serpenteie por canais burocráticos ou
se estorve em regulamentos minuciosos, é a antítese daquilo que é preciso
fazer, e fazer, para se alcançarem os
objectivos da ajuda ao desenvolvimento. Temos sido, tanto quanto possível,
directos, informais, práticos e simples
– e penso que é necessário preservar este perfil, perante as tentações
inevitáveis da regulamentação dos procedimentos, e de um mais apertado enquadramento
das acções, que vão emergir no futuro da dimensão mais vasta dos nossos
projectos de cooperação e do maior número dos seus intervenientes. Mas se isto
tem sido assim, manda a verdade que se diga que, para além do marcado consenso
político impulsionador desta cooperação, foi o “ modelo orgânico” em que ela
assentou que também em larga medida lhe abriu o sentido expedito de que se
revestiu.
Cada um de nós, portugueses ou africanos lusófonos, é um agente activo
nesta “malha” cada vez mais vasta da cooperação entre as nossas Administrações
do Trabalho.
Por isso, cada vez há-de ser mais apropriado falarmos das seis
Administrações do Trabalho e das suas realizações conjuntas. Não devemos recear
este desafio, que é grande e estimulante. A união faz a força, e a
individualidade insubstituível de cada parte faz a riqueza do todo.”
In 1º Encontro com os
PALOP na área da Inspecção do Trabalho.
Aveiro 8 a 13 de Maio
de 1989