Em finais de 1989, o Henrique consegue organizar o primeiro encontro
entre os cinco Ministros do Trabalho dos PALOP e o Ministro do Trabalho
Português. “Aí, dei esse ciclo da
minha vida como terminado. Aprecio a mobilidade e portanto decidi dar lugar a
sangue novo”.
Em Dezembro do mesmo ano deixa o Gabinete de Cooperação com África,
iniciando um novo ciclo de vida.
“ Não me sinto sequer legitimado a perguntar se tudo valeu a pena. Ninguém
é bom juiz em causa própria e a minha “costela” africana torna-me vulnerável e
particularmente suspeito nesta matéria! Deixarei a outros, pois, o juízo que se
justifique.
Deixemos, porém, ao futuro o definitivo balanço crítico desta
experiência de cooperação bilateral. Mas não deixemos às contingências do
futuro a vontade e a decisão de a prosseguir. Pelas Administrações do Trabalho
passam caminhos que têm a ver com o desenvolvimento dos recursos humanos dos
países africanos lusófonos, e elas surgem aos olhos dos que vivem do seu
trabalho como símbolos das aspirações universais de dignidade e de justiça
social.”
Lisboa 12 de Julho de
1989