“ A “ máquina estatal” é frequentes vezes morosa nas decisões, enrolada
nos circuitos de informação e preparação desta, como que insensível às
consequências práticas que podem advir da sua postura. Dilui-se, assim, o
centro de responsabilidade, desfoca-se o sentido do essencial e do urgente,
perde-se a noção do real e da vida. Quantas vezes não se percebe que uma
decisão vinda a destempo provoca prejuízos incalculáveis para a vida de um
cidadão ou para o negócio de uma empresa? Do meu ponto de vista, seria muito
importante que a administração se abrisse mais à sociedade. Não se pode decidir
bem quando se conhece mal, por isso, defendo que deveria estabelecer-se um
intercâmbio sistemático e organizado entre estruturas da Administração e as
empresas, as universidades, as demais instituições da sociedade. Todos
ganhariam com isso, enriquecendo-se mutuamente.”
In “ Revista dos
Quadros Técnicos do Estado”
Ano VI
Série II nº 4- Julho/
Agosto 1991