“Nascimento Rodrigues defendeu ontem em Roma
que a Europa do futuro tem de ser um espaço de civilidade universal e de
solidariedade, o que impõe que os estados e os parceiros sociais cooperem.
Nascimento Rodrigues falava perante os presidentes e alguns dirigentes do CES
de todos os países europeus, reunidos desde quarta-feira para discutir o “
Papel dos CES na nova Europa”.
IN “ O Público” 13 de
Março 1992
“ Permitam-me que termine com uma breve
palavra a respeito da construção da Europa e do papel do CES. A lei básica do
CES português dispõe muito pertinentemente, que lhe compete, entre outras
funções, apreciar as posições de Portugal nas instâncias das Comunidades Europeias,
no âmbito das políticas económica e social, e pronunciar-se sobre utilização
dos fundos comunitários. É convicção da maioria dos portugueses a de que a Europa,
mergulha as suas raízes mais fundas no espírito humanista, universalista e
democrático dos seus povos e em nobres ideais de participação e de realização
do Homem. A edificação desta Europa exige solidariedade. Ora, esta deve
implicar uma harmoniosa cooperação entre todos os seus agentes, instâncias e
organismos, (políticos, económicos, sindicais, sociais), seja a nível interno,
seja no âmbito comunitário. E tudo isto pressupõe, afinal, medidas, soluções,
relacionamentos e articulações, que não são fáceis de se ir consolidando neste
caminho complexo e neste horizonte sem fronteiras. Possam, então os CES
europeus estar à altura deste ímpar desafio histórico da construção europeia
nos domínios próprios das suas atribuições, com o empenho e especial experiência
dos seus membros”.
“ Rôle des Conseils
Economiques et Sociaux dans la Nouvelle Europe”
Excerto de uma “Comunicação
ao Congresso do CNEL” Roma Março 1992