A
partir de 4 de Setembro de 1981 o Henrique retoma o lugar de deputado (para que
tinha sido eleito).
A
Comissão Política Nacional do PSD delibera, por unanimidade, a sua candidatura
a vice-presidente do partido. O Conselho Nacional, (reunido nos dias 19 e 20 de Setembro), confirmará essa decisão.
O
Henrique ficará, assim, responsável, (interinamente até ao Congresso), pela
presidência da Comissão Política do Partido. E assume essa responsabilidade em
plenitude. A sua missão: relançar o PSD, na sua vertente social-democrata, na
linha sempre defendida por Sá Carneiro – partido de centro esquerda. E assume-o
de imediato.
A 14 de Outubro em entrevista à RDP 1 conduzida por Pedro Cid , o Jornalista comenta
A 14 de Outubro em entrevista à RDP 1 conduzida por Pedro Cid , o Jornalista comenta
“Quem
o ouvisse ler como leu o comunicado, da comissão política nacional, a
declaração política do PSD, ao fim da manhã de hoje, quase que se daria conta
que tinha ressuscitado o espírito de Sá Carneiro.”
"N.R.
Bom, ainda bem que você diz que é o espírito de Sá Carneiro que estava ali
presente. O PSD foi fundado por Sá Carneiro, transformou-se no maior partido
português, graças ao projecto de sociedade que Sá Carneiro defendeu e portanto
o PSD com isso apenas se mantém coerente consigo próprio.
A democracia deve ser clara, as opiniões devem ser exprimidas com total frontalidade. Eu pergunto como é que nós podemos vencer a nossa situação se não partirmos de um diagnóstico correcto de quais são efectivamente as nossas dificuldades; hoje as promessas são efectivamente para cumprir, mas temos de saber com que meios as devemos cumprir.
A democracia deve ser clara, as opiniões devem ser exprimidas com total frontalidade. Eu pergunto como é que nós podemos vencer a nossa situação se não partirmos de um diagnóstico correcto de quais são efectivamente as nossas dificuldades; hoje as promessas são efectivamente para cumprir, mas temos de saber com que meios as devemos cumprir.
No
meu entendimento não há sombras na nossa democracia. Estamos a viver num regime
democrático, as eleições presidenciais estão terminadas, as eleições
legislativas estão terminadas.
O projecto que o Governo segue foi votado em
eleições livres e consubstancia-se no programa que a assembleia aprovou
Um projecto diferente teria de se submeter aos mesmos processos democráticos.
Um projecto diferente teria de se submeter aos mesmos processos democráticos.
Toda
a contestação é legitima quando se assume com clareza democrática e de acordo
com as regras próprias dos partidos. Aquilo que eu penso que o nosso povo
esperava era que tivéssemos agora 4 anos de normalidade democrática para lutar
contra as dificuldades económicas e para
vencer as injustiças sociais. Essas sim, essas podem ser as nossas sombras. Mas
não são sombras que pesem sobre o regime democrático.”