"O
nosso partido não é, e não pode ser nunca, um “partido de Estado”. Partido
representado no Governo, sim, e um Governo que deve levar a cabo uma política
social-democrata ou de pendor reformista, pois para isso somos uma força
política e para isso recebemos mandato popular. O PSD tem obrigação de ajudar
os seus militantes que estão em exercício de tarefas governamentais. Ajudar não
significa, apenas, nem sobretudo, dizer “sim” às acções úteis do Governo,
difundi-las pela vida partidária e realçar o seu significado. Significa também
e em larga medida, alertar para as omissões da acção governativa e sensibilizar
para as necessidades que têm de ser satisfeitas, na medida em que razoavelmente
o puderem ser. O PSD deve ser uma força de apoio ao Governo em que se encontra
representado, mas de apoio lúcido e exigente, democrático e fraterno, apoio
entusiástico quando tal se justificar, crítico for caso disso."
IN
“Povo Livre” 18 de Novembro de 1981