O segundo mandato do Henrique, como Provedor
de Justiça, está a chegar ao fim. 17 de Junho de 2008 é o seu termo, e, de
acordo com a lei, não poderá ser reeleito, por estar atingido o limite máximo
da renovação de mandatos.
Em Outubro
de 2007, é entrevistado pela Jornalista do “Expresso”:
“Nascimento Rodrigues é provedor de Justiça
desde 2000. Falou sempre muito pouco, mas antes de sair – no próximo ano – não poupou
nas palavras".
Expresso – Sai no próximo ano, com a sensação
de dever cumprido?
Nascimento Rodrigues – “Sim, com muita satisfação. E na reeleição em 2004, só tive oito votos
contra. Foi muito gratificante, porque toda a gente sabe a minha origem
partidária.
Expresso – Não entregou o cartão do PSD?
Nascimento Rodrigues – “Para quê? estou profundamente convicto que ninguém pode dizer que este
provedor de Justiça teve uma actuação por motivações partidárias. Há uma
cultura de imparcialidade nesta casa que é mantida e reconhecida. A grande
força do provedor vem da opinião pública".
Expresso – Não tem arrependimentos?
Nascimento Rodrigues – “Falhei na estratégia de comunicação com a opinião pública. Primeiro,
porque sou discreto. Depois, porque quis preservar a instituição dos
solavancos. Talvez tenha exagerado"…
Expresso- Oito anos é tempo demais?
Nascimento Rodrigues – “Sinto isso. A AR devia fazer uma revisão do estatuto do provedor e
estabelecer um mandato único de seis anos”.
IN “Expresso 20 de
Outubro de 2007