segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

SAUDADE



Não procuro rosas, telas pintadas, acordes de sinfonia.
Não busco uma alegria breve, um riso fácil,
nem ondas do mar imenso.
Não anseio a lua, as estrelas
ou o disco solar do calor de Agosto.

Quero  a saudade que vive
nos ombros do vento que passa
Quero as dúvidas que ficam
dos pequenos nadas no tempo que sobra
Quero a dor das curtas memórias que em cada dia acordam comigo

Quero que a morte venha, me leve, e,  não  diga nada.
Quero que me esperes e me encontres em qualquer lugar.



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

ALGURES AO DOMINGO



Nós. Os netos mais velhos.
Os netos cresceram. (Catarina - 20, Henrique - 19). Já não somos nós.
Eu, ao Domingo, almoço sem ti.

Um chocolate, um café, e, a conta:-
Do espumante,
Da sangria,
Dos frutos vermelhos,
Da vida dos velhos,
Que almoçam aos pares
Olhando o futuro
Com olhos vazios.

Aos pares!

Inveja?

Saudade .... ! de velhos?

Sim!

Dos velhos aos pares
Que lembram sangria 
De frutos vermelhos!

Bebidas as bolhas
Que foram espumante
Ainda sobra a morte
Para ter a vida
Desses pares de velhos
Com olhar vazio
Que juntos almoçam

Algures

Ao Domingo.