terça-feira, 4 de março de 2014

MEMÓRIAS

Procuro. Encontro sempre: um testemunho  amigo, recordações,  memórias. Os anos vão passando, é certo, os netos vão crescendo, também é verdade. 
No entanto, continua viva a memória do Avô. Ninguém esquece. O que foi. O que deu. O que deixou. Imensa saudade.

"Cara família do dr Nascimento Rodrigues:"

"A tentar limpar a minha caixa de correio electrónica, deparei-me com alguns dos mails que o senhor vosso pai me enviou depois da sua saída da Provedoria. Mais uma vez, não consegui apagar esta memória e não resisti a dar uma espreitadela ao blogue que ele criou, graças às suas «aulas de informática», (como me contou) e, claro, sobretudo graças à enorme força de vontade e de alegria de viver que punha em cada coisa que fazia.
Foi uma comovente surpresa perceber que continuam o legado, que continuam a usar esta página para manter viva a sua memória, alimentando-a com tudo o que para ele era mais precioso: a família, a palavra, as raízes, a ética.
Sei que é um abuso entrar neste terreno privado e exclusivo da família, mas não queria deixar de vos agradecer e de vos prestar a minha sincera e sentida homenagem à memória do dr Henrique Nascimento Rodrigues.
Dele ficará, para sempre, a recordação de um homem exemplar. O amor que transmitia pela sua família, pela mulher, filhos e netos, foi mais um dos aspectos que me marcou na sua personalidade. Ser político, jurista ou Provedor de excepção é raro. Mas, dar a todos os gestos do dia-a-dia, este lado humano e caloroso de homem de família, tornou-se uma raridade. E mais um acto de coragem.
É com saudade que o recordo. O seu convívio faz-me falta e não esqueço o orgulho que tenho em ter podido contar com a sua amizade.
Acreditem que ele estará para sempre nas minhas orações.

Desculpem-me o atrevimento desta minha invasão do vosso blogue! Mas atrevo-me ainda a partilhar convosco uma das fotos que o Rui Ochoa tirou do senhor vosso pai. Foi em 2007, na primeira entrevista que lhe fiz para o Expresso (ele, que detestava jornalistas, passou um ano a dar-me, muito delicadamente, recusas piadosas para não ter de me aturar!) Finalmente, consegui! Deixo-vos esta imagem do «professor» a dar uma lição à aluna, não fosse o trabalho correr mal. 
Graças a Deus, não correu."

"Um grande abraço para todos e um especial para a sr drª Isabel"

Rosa 

sábado, 1 de março de 2014

KIMBO



O Ouvidor não morreu. Tornou-se luminoso e transparente como o Céu, ardente como o sol, azul como o mar, brilhante como as estrelas, e, feliz, confiante, adormeceu