Procuro. Encontro sempre: um testemunho amigo, recordações, memórias. Os anos vão passando, é certo, os netos vão crescendo, também é verdade.
No entanto, continua viva a memória do Avô. Ninguém esquece. O que foi. O que deu. O que deixou. Imensa saudade.
"Cara
família do dr Nascimento Rodrigues:"
"A
tentar limpar a minha caixa de correio electrónica, deparei-me com alguns dos mails
que o senhor vosso pai me enviou depois da sua saída da Provedoria. Mais uma
vez, não consegui apagar esta memória e não resisti a dar uma espreitadela ao
blogue que ele criou, graças às suas «aulas de informática», (como me contou)
e, claro, sobretudo graças à enorme força de vontade e de alegria de viver que
punha em cada coisa que fazia.
Foi
uma comovente surpresa perceber que continuam o legado, que continuam a usar
esta página para manter viva a sua memória, alimentando-a com tudo o que para
ele era mais precioso: a família, a palavra, as raízes, a ética.
Sei
que é um abuso entrar neste terreno privado e exclusivo da família, mas não
queria deixar de vos agradecer e de vos prestar a minha sincera e sentida
homenagem à memória do dr Henrique Nascimento Rodrigues.
Dele
ficará, para sempre, a recordação de um homem exemplar. O amor que transmitia
pela sua família, pela mulher, filhos e netos, foi mais um dos aspectos que me
marcou na sua personalidade. Ser político, jurista ou Provedor de excepção é
raro. Mas, dar a todos os gestos do dia-a-dia, este lado humano e caloroso de
homem de família, tornou-se uma raridade. E mais um acto de coragem.
É
com saudade que o recordo. O seu convívio faz-me falta e não esqueço
o orgulho que tenho em ter podido contar com a sua amizade.
Acreditem
que ele estará para sempre nas minhas orações.
Desculpem-me
o atrevimento desta minha invasão do vosso blogue! Mas atrevo-me ainda
a partilhar convosco uma das fotos que o Rui Ochoa tirou do senhor vosso
pai. Foi em 2007, na primeira entrevista que lhe fiz para o Expresso (ele, que
detestava jornalistas, passou um ano a dar-me, muito
delicadamente, recusas piadosas para não ter de me aturar!) Finalmente,
consegui! Deixo-vos esta imagem do «professor» a dar uma lição à aluna, não
fosse o trabalho correr mal.
Graças
a Deus, não correu."
"Um
grande abraço para todos e um especial para a sr drª Isabel"
Rosa