sexta-feira, 18 de abril de 2014

SILÊNCIO - POEMA

26 de Agosto de 1965


"Quando tu ficares mudo,
quando eu ficar cega,
restar-nos-ão as mãos
e o silêncio.
Quando tu fores velho,
quando eu for velha,
restar-nos-ão os lábios
e o silêncio;
Quando tu morreres,
quando eu morrer,
seremos enterrados juntos
e em silêncio;
e quando tu ressuscitares,
quando eu viver de novo,
voltaremos a amar-nos
em silêncio;
e quando tudo acabar
para sempre no universo,
será um silêncio de amor
o silêncio"

Poema Silencio do poeta Andres Eloy Blanco
Tradução livre