Romeiro dos caminhos já andados
Por velhos nautas, tanto herói sem par,
Da «Nau Esperança» disse adeus ao lar,
Com mil visões nos olhos deslumbrados!
E foi assim, por mares ignorados,
Que eu aportei às terras de Aquém-Mar,
E, assim, um novo sol e um novo luar
Me abriram horizontes não sonhados.
Vejo-te agora, ó África trigueira,
Virgem da selva, ingénua e primitiva,
Entre setas e ramos de palmeira,
Abrindo os braços numa exclamação,
Como quem mostra, ufana e rediviva,
A terra bíblica da Promissão!
Por velhos nautas, tanto herói sem par,
Da «Nau Esperança» disse adeus ao lar,
Com mil visões nos olhos deslumbrados!
E foi assim, por mares ignorados,
Que eu aportei às terras de Aquém-Mar,
E, assim, um novo sol e um novo luar
Me abriram horizontes não sonhados.
Vejo-te agora, ó África trigueira,
Virgem da selva, ingénua e primitiva,
Entre setas e ramos de palmeira,
Abrindo os braços numa exclamação,
Como quem mostra, ufana e rediviva,
A terra bíblica da Promissão!
(Poesia de J. Galvão Balsa, in “Oiro e cinza do sertão”, dedicada a
meu Pai, António Nascimento Rodrigues)