(texto lido na missa de corpo presente)
O nosso Pai morreu e é tão impossível não ter hoje, aqui, uma palavra, quanto difícil e estéril é tê-la.
O nosso Pai morreu e é tão impossível não ter hoje, aqui, uma palavra, quanto difícil e estéril é tê-la.
Que palavra? Que podemos dizer-vos do Pai?
O que descobrimos é que a dor é directamente proporcional ao amor que sentimos por ele. Não fosse amá-lo tanto, não sofreriamos tanto. E por isso a palavra que hoje não pode faltar é de gratidão. Profunda. Obrigada Senhor por este Pai, por este homem, por este teu filho. Cheio de convicções, exigente, rígido, firme no caminho que sabia querer seguir. Pai infinitamente terno, sempre intensamente presente em nós, no nosso crescimento, na massa que nos moldou, nos princípios e valores que de forma tão fecunda enraizou em nós. Na família que construiu numa coesão de amor feita pelo exemplo.
O Pai morreu. A vida eterna que Te pedimos para ele, já a teve. Uma vida em cheio, uma vida cheia de liberdade e de felicidade.
Enquanto for recordado, celebrado, homenageado, respeitado e dignificado pela repetição do que foi e do que fez, não morrerá. Passará para outra forma de vivermos com ele. Mas permanecerá. Sempre!
Obrigada Pai!