domingo, 4 de agosto de 2013

O BOM NOME É QUE É O TESOURO

A história, que, reproduzimos com todo o respeito, foi-nos transmitida pelo Professor Adriano Vasco Rodrigues, neto da Avó Josefa do Nascimento e do Avô José Rodrigues.
Tem a ver com uma “moca” de estudante, “moca” centenária, transmitida de geração em geração, e, que se tornou no símbolo de uma família de estudantes – os nove filhos da Avó Josefa e do Avô José. Chamava-se “zefa” ( a moca).
É duro ser guarda fiscal e ter nove filhos a estudar. Estudava um, começava a trabalhar, ajudava o segundo e assim sucessivamente.  A “moca” passava de mão em mão, responsabilidade assumida, responsabilidade transmitida.
“  Do casamento de José e Josefa resultou larga prole – filhos, netos, bisnetos, trinetos. As suas carreiras profissionais foram sempre alcançadas pela via do estudo, tornando-se médicos, advogados, engenheiros, arquitectos, gestores, professores etc. , exercendo das mais simples às mais elevadas funções públicas. Quando Josefa do Nascimento, já idosa, entregou a “zefa” ao segundo neto ao entrar para a Universidade de Coimbra, disse-lhe como se se tratasse de uma investidura medieval:
Não te esqueças que o estudo libertou a nossa família da servidão da terra e nos deu o maior tesouro que nos acompanha a todo o momento e não ocupa espaço – o saber. Não te deixes seduzir pelas outras riquezas. O bom nome é que é o tesouro. Leve o diabo arcas de ouro”