sexta-feira, 9 de agosto de 2013

QUANDO BATE UMA PORTADA


Agosto. Tempo de férias. Memórias das casas. De férias. Das nossas férias.   Das sonhadas. Das vividas. Sempre em família.
De início - Os Brejos de Azeitão. Depois “O Casaleco” em Cabanas, Palmela, e a praia da Figueirinha. A partir de 1979, “O Casal Saloio” e a praia do Baleal. Finalmente “A Casa da Takula”, as grandes portadas em madeira de Angola, e, as nortadas constantes neste mês de Agosto. No teu blogue, Henrique, as memórias e as saudades.

QUANDO BATE UMA PORTADA

Neste castelo encantado
Nascido
Aqui
No mar
Há uma portada que bate
E
Não me deixa
Sonhar

Das ameias do castelo
Vejo
Um barco
A navegar
Deixa um rasto de loucura
E
Não me deixa
Pensar

Loucura neste castelo.!

Desfaz-se a identidade.!
Nada fica.
Nada sobra
Quando cá bate a saudade.

Saudade de ti.
De tudo.

Do mundo que construímos
Neste castelo encantado
Erguido
Perto 
Do mar.
Quando soa
Esta nortada
Nem sou capaz
De chorar

Não sou capaz de chorar
Já não consigo viver
Neste
Castelo encantado
Nascido
À beira mar

Quero voar

Ser gaivota
E correr ao por do sol
Quero ser Tu.
(Re) nascer.
Porque bate uma portada
Neste castelo
(Encantado)
Erguido
Bem junto ao mar