
Porquê tão cedo? Porquê tão de repente?`
É que às 8 horas da manhã daquela segunda feira, 12
de Abril de 2010, (dia do aniversário da minha mãe, dia do casamento dos meus pais, dia,
desde sempre, de reunião de família), pediste um copo de água. E pronto. Às 8 e
quarenta repousavas para sempre. Adormeceste. Quando veio o tal copo de água
estavas sereno, olhos fechados, as mãos
cruzadas no peito. Tal como te encontrávamos quando, a meio da tarde,
na casa da Takula, subíamos a escada em direcção ao teu escritório.
Descansavas. Nem me despedi de ti. E
choro. Continua, para mim, a ser uma impossibilidade, um mistério. Sem desígnio. Estive a teu
lado, sempre e para sempre. Tudo o que vejo, agora, entra no meu peito desfaz-se nos meus olhos grita na
minha alma. Não é tristeza é lamento por esta distância sem fim. E para quê?
Imagem 9 de Abril de 2010