sexta-feira, 28 de junho de 2013

FALANDO DE DEMOCRACIA

Relembrar a comemoração dos 75º aniversário da OIT em 1994, é também recordar as palavras que utilizou numa das suas comunicações, quando, por esse motivo, esteve em  Macau. O Henrique era, à época, Presidente do Conselho Económico e Social. Macau, Território sob Administração Portuguesa.  Passaram 20 anos. Os valores, que defendeu, não têm idade. São valores perenes. Não podemos deixar que os maus ventos que sopram, provoquem o seu esquecimento.
O tema “ Democratização Política, Económica e Social no Mundo”
Quer o tema que mais pertinentemente me pareceu dever tratar, quer o perturbante contexto mundial que nos enlaça, justificam que o acento tónico deste acto de homenagem à OIT seja colocado no reavivar e no reequacionar dos grandes valores e princípios que presidiram à sua fundação e têm imprimido corpo à sua acção de cunho internacional e de efeitos perduráveis. Refiro-me, naturalmente, aos valores e princípios inerentes aos direitos fundamentais do homem e aos que implicam a exigência de justiça social.
As sociedades democráticas caracterizam-se pelo reconhecimento e pautam-se pela garantia efectiva de exercício dos direitos fundamentais do homem. Significa que aderem aos princípios da “Declaração Universal dos Direitos do Homem”, do “Pacto relativo aos direitos económicos sociais e culturais” e do “Pacto e Protocolo relativos aos direitos cívicos e políticos”.(…)

Ora, é irrecusável o reconhecimento de que sem liberdades políticas e cívicas – numa palavra, sem a existência de uma Democracia pluralista – não há liberdades fundamentais. E sem estas não há direitos fundamentais no mundo do trabalho”. (…)