«Ao alargamento desmesurado das despesas do Estado, a que se assistiu nos últimos anos, há que opor a contenção rigorosa dos gastos supérfluos e dos não essenciais. À burocratização do Estado há que opor a desburocratização do País. À descoordenação administrativa e à duplicação funcional e delapidação consequente dos recursos há que opor eficácia e produtividade.
É decisivo que os cidadãos e as organizações legítimas de representação dos interesses colectivos mais diversificados assumam o protagonismo que lhes cabe na modelação da nossa sociedade. E para isso também é preciso que não se continue a dar prova quotidiana de que tudo esperamos do Estado, no subconsciente assumido, afinal, como a mezinha para as nossas próprias incapacidades.
A Constituição deve ser um traço de união e não uma fonte de desunião, deve ser a estrada onde caibam todos os portugueses, com o trajecto que a vontade colectiva democrática apontar nas urnas. »
23 de Novembro de 1981
Referindo-se ao PSD
«A democracia não existe sem partidos políticos bem identificados, com projectos e propostas bem diferenciados. Não se serve a Democracia quando se pretende meter no mesmo bojo partidário visões ideológicas, programáticas e políticas opostas.
Sabemos que o Futuro já começou. Temos que o ganhar fazendo do presente o rio impetuoso que desagua no mar desse Futuro.
Cada um de nós é uma gota desse rio. Se nos perdermos do leito a que pertencemos, o rio será riacho, o riacho pode transformar-se em fio de água. É indispensável portanto, que saibamos estar unidos sob a identidade que faz de nós o mesmo rio. Porque é essa identidade que timbra as nossas propostas políticas, que nos diferencia. E ao diferenciar-nos, seremos fieis ás origens e dignos dos que em nós têm confiado. »15 de Maio de 1985