quinta-feira, 14 de outubro de 2010

MÃE ÁFRICA

E depois,
Não mais foi como antes…
Roubaram minha alegria de viver.
Foi só a dor que nos restou
Na despedida.
E tu,
Mãe África,
Ficaste na distância…
O grito secou na garganta,
A liberdade perdeu-se no gesto,
A vida ceifou-se no ato
A terra semeou-se com sangue!
O mar te sepultou o corpo
E exangue respiras
Na negra solidão de tuas noites,
Mais terríveis…
Mais escuras…
Mais negras…

(Poesia do blogue “Muhuil´as”)