Deste lado da história
o rio morre aqui.
Do mar sabemos nós e aos capitães
a fama da conquista.
Faço-me ao sul
porque pertenço ao norte
e a costa só me serve é para cumprir
tarefas de demanda.
Meu fim é circular ir mais além.
Por isso eu sei de estrelas
direcções
e nada sei do ganho
que se projecta e ganha.
Cumpro tarefas sim porque viajo.
Nada me aguarda
feita a descoberta.
Fronteiras mesmo
só as deste mar e sei vivê-las
só
noutras distâncias.
De deus empreendi que é lá onde eu estiver.
Sou eu
porque navego
quem lhe constrói a face.
Ao rei e a vós
só dou notícia do rumo horizontal.
Pois que saber da vertical sageza?
Ruy Duarte de Carvalho in «Lavra» 1972
o rio morre aqui.
Do mar sabemos nós e aos capitães
a fama da conquista.
Faço-me ao sul
porque pertenço ao norte
e a costa só me serve é para cumprir
tarefas de demanda.
Meu fim é circular ir mais além.
Por isso eu sei de estrelas
direcções
e nada sei do ganho
que se projecta e ganha.
Cumpro tarefas sim porque viajo.
Nada me aguarda
feita a descoberta.
Fronteiras mesmo
só as deste mar e sei vivê-las
só
noutras distâncias.
De deus empreendi que é lá onde eu estiver.
Sou eu
porque navego
quem lhe constrói a face.
Ao rei e a vós
só dou notícia do rumo horizontal.
Pois que saber da vertical sageza?
Ruy Duarte de Carvalho in «Lavra» 1972