Em 1983, a chamada troika tomou conta do Partido Social Democrata, procurando preencher um vazio deixado por Pinto Balsemão: Nuno Rodrigues dos Santos, Carlos da Mota Pinto, Eurico de Melo e Henrique Nascimento Rodrigues, foram os homens que assumiram a responsabilidade. Mais tarde, a presidência do Partido seria entregue, em Congresso, a Mota Pinto.
Após eleições, das quais não saiu nenhum partido com maioria absoluta, o partido entrava em negociações com o Partido Socialista com vista à formação do chamado Bloco Central. Viviam-se tempos conturbados no plano financeiro (e não só), pelo que urgia que os dois maiores partidos políticos conciliassem esforços. Logo de seguida, temos em Portugal a intervenção do FMI (Fundo Monetário Internacional), sem a qual as nossas contas públicas dificilmente teriam sido corrigidas. Na imagem, vemos a Troika do partido sentada à mesa com Mário Soares:
Em 20 de Maio de 1983, é assinado um acordo de incidência laboral entre ambos os partidos. Os delegados do lado do PSD foram Nascimento Rodrigues e Luís Moralles, do lado do PS foram delegados Walter Rosa e Maldonado Gonelha. Nesse acordo, mencionava-se ter-se «(...) concluído haver uma margem de convergência muito larga e acordado o seguinte:
1- Haver necessidade de ser institucionalizada uma Política de Concertação Social;
2- Consequentemente, criar uma instância superior de representação plural de interesses colectivos (...); e
3- Haver necessidade de serem tomadas algumas medidas legislativas (...) com audição dos parceiros sociais, tendo em vista a consecussão de objectivos de segurança e promoção do emprego (...)».
Queremos também recordar Setembro de 1981, por altura de uma homenagem organizada pela Tesiresd ao nosso Pai, após a sua saída do Governo de Pinto Balsemão. Na altura, dizia Pinto Balsemão, «É cada vez mais necessário, relançar o programa social-democrata». Acrescentava Ângelo Correia que se sentia «saudoso do PPD» e que «um partido que se quer grande não pode ser particionista», tendo de «admitir alas em torno do ideal social-democrata». In Diário de Lisboa, 11 de Setembro de 1981.
Neste dia em que Pedro Passos Coelho lança a revisão do programa do Partido Social Democrata, sob a presidência de Aguiar Branco, e no contexto económico e financeiro em que vivemos, sob o risco de sermos de novo alvo de intervenção do FMI, quisemos aqui relembrar alguns episódios dos anos idos de 1981 a 1983.
Tal como naquele tempo, também hoje, vivemos momentos extremamente difíceis, nos planos económico, financeiro e social. As palavras de Ângelo Correia, proferidas em 1981, podiam hoje ser replicadas novamente que estariam, porventura, perfeitamente enquadradas com a situação do País e do Partido.
Ontem, como hoje, Pedro Passos Coelho procura acordos com o PS em áreas e temas importantes para o País. Naquela altura, o Bloco Central durou pouco tempo e, de certa forma, originou o surgimento de um Líder que tanto marcou - e ainda marca - o nosso País, Aníbal Cavaco Silva.
Será que a história se repete?...
Após eleições, das quais não saiu nenhum partido com maioria absoluta, o partido entrava em negociações com o Partido Socialista com vista à formação do chamado Bloco Central. Viviam-se tempos conturbados no plano financeiro (e não só), pelo que urgia que os dois maiores partidos políticos conciliassem esforços. Logo de seguida, temos em Portugal a intervenção do FMI (Fundo Monetário Internacional), sem a qual as nossas contas públicas dificilmente teriam sido corrigidas. Na imagem, vemos a Troika do partido sentada à mesa com Mário Soares:
1- Haver necessidade de ser institucionalizada uma Política de Concertação Social;
2- Consequentemente, criar uma instância superior de representação plural de interesses colectivos (...); e
3- Haver necessidade de serem tomadas algumas medidas legislativas (...) com audição dos parceiros sociais, tendo em vista a consecussão de objectivos de segurança e promoção do emprego (...)».
Queremos também recordar Setembro de 1981, por altura de uma homenagem organizada pela Tesiresd ao nosso Pai, após a sua saída do Governo de Pinto Balsemão. Na altura, dizia Pinto Balsemão, «É cada vez mais necessário, relançar o programa social-democrata». Acrescentava Ângelo Correia que se sentia «saudoso do PPD» e que «um partido que se quer grande não pode ser particionista», tendo de «admitir alas em torno do ideal social-democrata». In Diário de Lisboa, 11 de Setembro de 1981.
Neste dia em que Pedro Passos Coelho lança a revisão do programa do Partido Social Democrata, sob a presidência de Aguiar Branco, e no contexto económico e financeiro em que vivemos, sob o risco de sermos de novo alvo de intervenção do FMI, quisemos aqui relembrar alguns episódios dos anos idos de 1981 a 1983.
Tal como naquele tempo, também hoje, vivemos momentos extremamente difíceis, nos planos económico, financeiro e social. As palavras de Ângelo Correia, proferidas em 1981, podiam hoje ser replicadas novamente que estariam, porventura, perfeitamente enquadradas com a situação do País e do Partido.
Ontem, como hoje, Pedro Passos Coelho procura acordos com o PS em áreas e temas importantes para o País. Naquela altura, o Bloco Central durou pouco tempo e, de certa forma, originou o surgimento de um Líder que tanto marcou - e ainda marca - o nosso País, Aníbal Cavaco Silva.
Será que a história se repete?...