Estamos em 1958, 1959.
Nesta época o Henrique ganha vários prémios, em concursos literários.
Por esse motivo é entrevistado pelo Diário da Manhã no dia 13 de Fevereiro de 1959.
Perguntas da praxe: idade, naturalidade, curso que frequenta etc.
Prefiro o ensaio à ficção. (Quando escrevo) .Diz o Henrique ao jornalista.
Autores contemporâneos que escrevam sobre Angola: «Em poesia prefiro Tomás Vieira da Cruz. Como investigador de aspectos etnográficos tenho em grande apreço Óscar Ribas. Como ensaísta de problemas ultramarinos ponho em primeiro lugar o prof. Adriano Moreira».
Pergunta o jornalista: Interessa-o o Jornalismo?
Resposta: Talvez…
Pergunta: Parece-lhe que no panorama literário português o Ultramar tem o Lugar que merece?
Resposta: Não tem, nem de longe, o lugar que deveria ocupar. Nem na literatura, nem no teatro, nem nos restantes sectores da criação artística. Aliás sinto que é necessário cuidar a sério da formação ultramarina da juventude, do intercâmbio juvenil entre as Províncias de além- mar e a Metrópole.
Pergunta: É pelos vistos, um problema que o interessa?
Resposta: É o problema que considero fundamental, presentemente, no quadro da vida juvenil e até da vida nacional. Considero – repito – que a formação ultramarina da juventude deve prosseguir desde os bancos da escola primária. Ora como actualmente é lamentável o panorama de conhecimentos ultramarinos – e até de interesses – que a nossa juventude patenteia, acho que é um dever de todos nós contribuir para a melhoria desse estado de coisas.
Pergunta: Mais alguma declaração?
Resposta: Não só um pedido a todos os jovens que porventura leiam o que eu disse: interessem-se a sério, pela vida e o futuro do nosso ultramar. Hoje, mais do que nunca, ele merece-nos todos os esforços.
Nesta época o Henrique ganha vários prémios, em concursos literários.
Por esse motivo é entrevistado pelo Diário da Manhã no dia 13 de Fevereiro de 1959.
Perguntas da praxe: idade, naturalidade, curso que frequenta etc.
Prefiro o ensaio à ficção. (Quando escrevo) .Diz o Henrique ao jornalista.
Autores contemporâneos que escrevam sobre Angola: «Em poesia prefiro Tomás Vieira da Cruz. Como investigador de aspectos etnográficos tenho em grande apreço Óscar Ribas. Como ensaísta de problemas ultramarinos ponho em primeiro lugar o prof. Adriano Moreira».
Pergunta o jornalista: Interessa-o o Jornalismo?
Resposta: Talvez…
Pergunta: Parece-lhe que no panorama literário português o Ultramar tem o Lugar que merece?
Resposta: Não tem, nem de longe, o lugar que deveria ocupar. Nem na literatura, nem no teatro, nem nos restantes sectores da criação artística. Aliás sinto que é necessário cuidar a sério da formação ultramarina da juventude, do intercâmbio juvenil entre as Províncias de além- mar e a Metrópole.
Pergunta: É pelos vistos, um problema que o interessa?
Resposta: É o problema que considero fundamental, presentemente, no quadro da vida juvenil e até da vida nacional. Considero – repito – que a formação ultramarina da juventude deve prosseguir desde os bancos da escola primária. Ora como actualmente é lamentável o panorama de conhecimentos ultramarinos – e até de interesses – que a nossa juventude patenteia, acho que é um dever de todos nós contribuir para a melhoria desse estado de coisas.
Pergunta: Mais alguma declaração?
Resposta: Não só um pedido a todos os jovens que porventura leiam o que eu disse: interessem-se a sério, pela vida e o futuro do nosso ultramar. Hoje, mais do que nunca, ele merece-nos todos os esforços.