quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Outubro de 1957



O Henrique inicia a Licenciatura em Direito na Universidade clássica de Lisboa.
Difícil foi a sua integração. Ficava para trás a fácil camaradagem dos tempos de liceu, os espaços abertos da sua Angola, a maneira de estar livre, fraterna e aberta tão característica da vida africana.

«Está a volver um ano que arribei a estas terras do continente. Em boa verdade eu não me acostumei ao ambiente e ao modo de ser da vida metropolitana. »

O 1º ano termina com um «chumbo» na cadeira de Introdução ao Estudo do Direito.
Um pouco perdido num meio que, ele sente que lhe é hostil, agarra-se de novo à escrita.

Procura um meio de publicar aquilo que escreve.
Concorre:
Aos torneios literários organizados pelo Ministério de Educação (1958- 1959).
Ao concurso literário da queima das fitas.
Ao concurso de reportagens do Diário Popular.






É colaborador regular do Diário da Manhã.

E ganha:
Em 1958 o 1º premio de ensaio e o 2º de conto do Ministério da Educação e uma menção honrosa no concurso de reportagens do Diário Popular,
Em 1959 o 2º premio de ensaio e o 2º de conto também do Ministério da Educação.
Em 1959 publica vários ensaios sobre política ultramarina no Diário da Manhã.

Em 25 de Dezembro de 1959 publica num jornal diário: Natal do Meu Sertão
Em 2 de Maio de 1963 o Diário Popular publicado o conto «Vida» ( menção honrosa do concurso de contos).

Um apontamento curioso: do regulamento do concurso de reportagens do Diário Popular constava:

O nosso jornal poderá convidar o autor ou autores das melhores reportagens a ingressar no seu quadro redactorial.

O Henrique era o mais novo dos mais de 520 concorrentes. Tinha 17 anos e foi convidado.
Não aceitou.