"É a juventude, que dentro, e em prol desse fito, pode desempenhar uma cruzada decididamente activa, ora colocando, na devida oportunidade, o seu esforço e saber em terras ultramarinas, ora elaborando um contacto amigo - estritamente amigo – com as novas gerações de Alem Mar. Do primeiro aspecto resultará, como corolário, um subsequente incremento daquelas realizações a empreender ainda na nossa multissecular obra, ao passo que, do segundo, se extrairá uma comunhão de sentimentos e um intercâmbio de ideias, que só podem fortalecer a unidade que também deve ligar os jovens portugueses naturais de Ultramar ou da Metrópole.
E não vamos arrimar-nos a uma perniciosa resignação, que nos desvie da importância que, no período actual, o assunto levanta, já porque do caso depende em grande parte, como o frisámos, a unidade de Portugal daquém e dalém mar, já porque a relação entre aquelas gerações se não expandiu ainda num âmbito mais amplo e não colheu os resultados francamente mais vantajosos, que ambas as partes podem dinamizar. Quem quererá restar tão indiferente, que não reconheça acuidade ao problema e não se proponha contribuir para a sua adequada solução?
Ninguém melhor do que a própria juventude, é certo, para agir e propagar, em plano prático, uma autêntica cruzada, de que resulte um muito mais activo estreitamento de relações entre as massas novas metropolitana e ultramarina. Notemos, contudo, que em primeiro lugar, é forçoso oferecer a essa mesma juventude aqueles elementos que permitam tomar consciência do grau avançado, em que se expande a obra que estamos erguendo em parcelas distantes.
Só a partir de um conhecimento mais generalizado será possível à mocidade aperceber-se convenientemente, sem que receios ou indiferenças lhe turvem as ideias, da importância de uma unidade que o futuro há-de chamar a postos e do papel que dentro dela especificamente lhe diz respeito. Ensinemos isso à juventude, antes que seja tarde para o fazermos com pleno êxito.
Antídoto eficaz para o desconhecimento, em que grande parte da mocidade vive sobre os problemas que ao Ultramar estão circunscritos, é essa missão de fé nos destinos da Pátria, campanha que, junto dela, lhe revele a necessidade de preservarmos uma política segura de continuidade ultramarina e o êxito que de uma nova epopeia colonizadora nos adviria seja da fraternal compreensão e amizade das populações nativas, seja até dos resultados frutuosos que, indiscutivelmente os vastos campos do Ultramar nos oferecem.
A nossa África pode ser um mundo: Um mundo largo e farto, onde portugueses de todas as cores labutem, lado a lado, numa magnifica jornada de paz e progresso.
Acreditemos nesse futuro e conduzamos a nova geração, através de uma propaganda activa, a contactar assiduamente com os acontecimentos ultramarinos e a tomar calor pelo incomparável ideal de grandiosidade pátria, que sobre esse Portugal Ultramarino as nossas mentes podem forjar.
Sobre a juventude impende essa responsabilidade moral não pouco pesada, de que é imperioso ela começar tomando consciência: quer pugnando continuamente pelas parcelas que no ultramar enobrecem a parcela estreita que lhes deu vida; quer actuando, numa acção incisiva pelo engrandecimento material e moral do nosso Império; quer estreitando os laços que a essas terras longínquas nos ligam - os seus ombros moços terão que suportar com dignidade, grande parte do conjunto das realizações, a que é impossível furtar-nos com graves consequências.
À consciência de cada português compete analisar o que já fez por essa obra nacional; aos jovens compete levá-la a termo, para honra e proveito da Pátria. Para uns e outros vão as minhas primeiras palavras e o meu esperançado apelo: Pela unidade de Portugal daquém e dalém mar."
Diário da Manhã 15 de Fevereiro de 1959
E não vamos arrimar-nos a uma perniciosa resignação, que nos desvie da importância que, no período actual, o assunto levanta, já porque do caso depende em grande parte, como o frisámos, a unidade de Portugal daquém e dalém mar, já porque a relação entre aquelas gerações se não expandiu ainda num âmbito mais amplo e não colheu os resultados francamente mais vantajosos, que ambas as partes podem dinamizar. Quem quererá restar tão indiferente, que não reconheça acuidade ao problema e não se proponha contribuir para a sua adequada solução?
Ninguém melhor do que a própria juventude, é certo, para agir e propagar, em plano prático, uma autêntica cruzada, de que resulte um muito mais activo estreitamento de relações entre as massas novas metropolitana e ultramarina. Notemos, contudo, que em primeiro lugar, é forçoso oferecer a essa mesma juventude aqueles elementos que permitam tomar consciência do grau avançado, em que se expande a obra que estamos erguendo em parcelas distantes.
Só a partir de um conhecimento mais generalizado será possível à mocidade aperceber-se convenientemente, sem que receios ou indiferenças lhe turvem as ideias, da importância de uma unidade que o futuro há-de chamar a postos e do papel que dentro dela especificamente lhe diz respeito. Ensinemos isso à juventude, antes que seja tarde para o fazermos com pleno êxito.
Antídoto eficaz para o desconhecimento, em que grande parte da mocidade vive sobre os problemas que ao Ultramar estão circunscritos, é essa missão de fé nos destinos da Pátria, campanha que, junto dela, lhe revele a necessidade de preservarmos uma política segura de continuidade ultramarina e o êxito que de uma nova epopeia colonizadora nos adviria seja da fraternal compreensão e amizade das populações nativas, seja até dos resultados frutuosos que, indiscutivelmente os vastos campos do Ultramar nos oferecem.
A nossa África pode ser um mundo: Um mundo largo e farto, onde portugueses de todas as cores labutem, lado a lado, numa magnifica jornada de paz e progresso.
Acreditemos nesse futuro e conduzamos a nova geração, através de uma propaganda activa, a contactar assiduamente com os acontecimentos ultramarinos e a tomar calor pelo incomparável ideal de grandiosidade pátria, que sobre esse Portugal Ultramarino as nossas mentes podem forjar.
Sobre a juventude impende essa responsabilidade moral não pouco pesada, de que é imperioso ela começar tomando consciência: quer pugnando continuamente pelas parcelas que no ultramar enobrecem a parcela estreita que lhes deu vida; quer actuando, numa acção incisiva pelo engrandecimento material e moral do nosso Império; quer estreitando os laços que a essas terras longínquas nos ligam - os seus ombros moços terão que suportar com dignidade, grande parte do conjunto das realizações, a que é impossível furtar-nos com graves consequências.
À consciência de cada português compete analisar o que já fez por essa obra nacional; aos jovens compete levá-la a termo, para honra e proveito da Pátria. Para uns e outros vão as minhas primeiras palavras e o meu esperançado apelo: Pela unidade de Portugal daquém e dalém mar."
Diário da Manhã 15 de Fevereiro de 1959