Mesmo quando as negociações falecem, é sempre possível retirar delas potencialidades não despiciendas.
Cada parte terá entendido melhor, ainda que não aceitando, as razões das outras partes.
O contacto directo e pessoal abre a porta a uma cordialidade humana, ou, pelo menos, a uma convivialidade civilizada que fomenta laços de respeito, perduráveis por sobre as divergências e os choques de opinião e de interesses.
Por isso, é importante que os relacionamentos pessoais não se rompam, nem se transformem, eles próprios, em bloqueios.
Porque os bloqueios sociais pagam-se caro.
O acordo ao mais alto nível, até pela mediatização de que é objecto, também sensibiliza e predispõe a opinião pública para um clima de distensão social e de maior confiança, mesmo se uma parte não subscrever os acordos.
Lisboa 1994