No xadrez extremamente difícil e melindroso em que se joga o crescimento da nossa economia, a competitividade das nossas empresas e de outras instituições, a redefinição das funções do Estado, o reequacionamento de uma rede adequada de protecção social financeiramente sadia, e o reequilíbrio do mercado de emprego, a concertação social estratégica tem, o seu maior desafio de sempre.
O antagonismo que alguns, hoje, invocam entre o direito do trabalho e o direito ao trabalho não se resolve senão pela harmonização entre ambos.
Aqui, estará porventura, a tarefa mais árdua e o objectivo mais nobre da concertação social:ajudar a garantir a aspiração imemorial da dignidade humana, através do direito e do dever do trabalho.
Lisboa 1994