É também, e necessariamente, uma economia de solidariedade humana.
Uma economia do homem e para o homem.
Não é pensável regredir a épocas de escravatura e a tempos de exploração.
Os direitos do homem não são apenas políticos, económicos e culturais.
São também sociais.
Onde não houver direitos sociais, não há verdadeira democracia, não há dignidade humana.
Não se caia no erro grosseiro de se imaginar que a liberdade pode subsistir sem a justiça e a solidariedade social.
É certo que os actuais sistemas de protecção social dão mostras evidentes de derrapagem.
Terão de ser, por isso, repensados e reequacionados, mas não eliminados, sobretudo em relação aos mais desprotegidos.
A democracia exige, cada vez mais, transparência, diálogo, concertação, informação séria, consulta cooperativa e construtiva. Alternativa a isto seria a perda da própria democracia e da liberdade. Teríamos então de recomeçar o combate da luz contra as trevas.
Mas a minha palavra final não aponta nesse sentido de desesperança.
Estou confiante que, nós, Portugueses, saberemos mudar, renovar e progredir, económica e socialmente, política e culturalmente, no espírito humanista e de tolerância que nos individualiza e caracteriza – como um pequeno País, uma grande Nação e um Povo digno.