segunda-feira, 27 de maio de 2013

AMIGOS PARA TODA A VIDA

(…) para defesa e prestígio da instituição que tive o privilégio de dirigir durante quase nove anos (…).”
(…) pelo sentido de respeito que me merece a excelente equipa de colaboradores que deixo.(…).”
No dia 3 de Junho de 2009 o Henrique renuncia ao cargo de Provedor de Justiça. Simbolicamente, como que anunciando uma mudança na sua vida, os filhos e o neto mais velho foram buscá-lo à Provedoria de Justiça, e, acompanharam-no a casa.

Na carta dirigida ao Presidente da Assembleia da República, o Henrique explica, claramente, a escolha do momento de renúncia. Do ponto de vista institucional, e após ter falhado, a tentativa de eleição do novo provedor, não haveria condições para o desempenho efectivo das suas funções. E diz: 
É da minha mais estrita obrigação institucional prestigiar o mandato que o Povo, através do Parlamento, me concedeu. Ora, é para mim manifesto que, ao deixar de possuir condições mínimas para prosseguir as minhas funções, a elas devo renunciar – exactamente para a defesa e prestígio da instituição que tive o privilégio de dirigir durante quase nove anos. Se o não fiz antes, foi apenas porque procurei preservar, nos limites do humanamente possível, a dignidade do cargo provedoral, o prestígio ganho de há longa data pela instituição Provedor de Justiça, também para dar todo o tempo ao tempo, excessivo embora, que se levou para se proceder à minha substituição – e, sobretudo, seja-me consentido dizê-lo frontalmente, pelo enorme e profundo sentido de respeito que me merece a excelente equipa de colaboradores que deixo, agora, com tristeza e saudade, mas também com a certeza de que nela ganhei Amigos para toda a vida.” (…)