segunda-feira, 13 de maio de 2013

O INTERMINÁVEL QUADRIÉNIO


Ao acaso, um recorte de jornal com data de Maio de 2009. Ao fim de quatro anos tudo volta ao início, como se não houvesse principio nem fim, mas um ciclo interminável de acontecimentos que se repetem… e repetem… e repetem!
Há quatro anos. Mês de Maio. Começou muito mal para ti. Os jornais adiantavam que estarias de baixa médica, que despachavas em casa ... "coisas" da comunicação social. A Provedoria, o não vás que ainda não estás bem, o tenho que ir, sabes que tenho que ir …. a secretária cheia de processos…  2009, Maio, dia cinco, quase 19 horas. O carro parou, tu entraste e chamamos o 112. Santa Maria foi o destino. Não fui contigo. Não me deixaram. Fui lá ter. Quando te vi, já estavas em acção. Em cima dos acontecimentos. Observação total, critica construtiva de tudo o que te rodeava. A rapidez do atendimento, a simpatia do médico que te tinha atendido. Conhecia-te, é certo, mas era muito amigo de um dos teus colaboradores, o Miguel Coelho. As perguntas que um médico? enfermeiro? te teria feito, e de novo outro médico? enfermeiro? e mais uma vez… É por isso que o SNS dá prejuízo… há aqui uma gestão totalmente inadequada… Mas há um enfermeiro muito bom, disse-me logo… A doença, as enfermarias, as urgências,  sempre foram o meu quotidiano. A tua capacidade de “dar a volta por cima”, mesmo nas circunstâncias terríveis em que estavas, fizeram-me ter vergonha da minha angústia, das minhas dúvidas, da minha incerteza. Tiveste alta a 15 de Maio. Eram 18 horas quando chegamos a casa. Estavas melhor. Mais! Era notícia! O Provedor seria eleito a 22 ou 29. Tu ficarias livre…. Tinhas a certeza que desta vez PS e PSD chegariam a acordo. Nem podia ser de outra maneira… Mas não foi. E tudo voltou ao início!