Inicia-se amanhã um Congresso do PSD, o meu Partido de sempre. Sou militante desde 1975, ingressei como deputado pelo círculo eleitoral de Lisboa em 1979, a convite pessoal de Sá Carneiro – com que não contava, acrescento já para que não se insinue que quero fazer-me passar por aquilo que não fui -, integrei como Ministro o Governo da AD presidido por Pinto Balsemão, fiz parte da “troika” com Mota Pinto e Eurico de Melo, fui de novo deputado a convite de Cavaco Silva e pertenci à sua Comissão Política…É uma história que leva 35 anos de vida: já não dá para divórcio, mas dá para andar muito zangado com a desagregação ética a que venho assistindo de há vários anos para cá, ressalvadas, claro, as louváveis tentativas de companheiros sérios e politicamente válidos, como Marques Mendes e Ferreira Leite, que falharam por razões que agora não são chamadas para aqui. Dá para andar muito zangado e também para permanecer céptico face ao que tenho assistido (e pouco foi, confesso) até aqui.
Mas nestas coisas do PSD há sempre uma luzinha de esperança, um grito de incoformismo, um gemer de alma lancinante, um sorriso malandro…
É por isso que, esta noite, eu vou colocar uma velinha a Nossa Senhora de Caravaggio…