Em 23 de Fevereiro de 1983 ( ano de grande crise política económica e financeira, do X Congresso do PSD, da Troika saída de Montechoro, do Governo do Bloco Central, do FMI,) o Jornal “A Capital” referia-se ao Henrique desta maneira:
“Nascimento Rodrigues é um homem que tem subido a pulso os degraus da carreira política. Foi ministro do Trabalho, e ao abandonar essas funções, a seu pedido, passou a dedicar-se de corpo e alma ao PSD, cujos destinos liderou substituindo Pinto Balsemão quando este estava muito sobrecarregado com os problemas da Chefia do Governo. Confessa-se uma pessoa diferente, hoje, do Nascimento Rodrigues de há 10 anos atrás. Homem preocupado em estar sempre disponível para acreditar nos outros e para estar sempre ao seu dispor, Nascimento Rodrigues lamenta que, ao invés seja a família e em especial os seus cinco filhos de idades entre os 9 e os 16 anos quem tem pago a factura da sua indisponibilidade de tempo para um maior convívio.”
"A minha vida continua a ser muito pacata. Aqui é preciso andar-se em cima das coisas, senão não se obtêm nada.
Quase nem tenho pensado na vida política daí. Apetecia-me que tivéssemos dinheiro para comprar uma boa vivenda, montá-la com conforto e aí passarmos umas férias agradáveis com os filhos.
A vida futura vai ser muito difícil para eles e gostaria que a sua juventude fosse feliz embora sem facilidades demasiadas porque não podem habituar-se a elas."
Este foi o primeiro passo para a nossa casa da Takula, para os encontros da família, para as férias que ninguém esquece.
Nasceu por vontade do pai que lamentou sempre o pouco tempo que lhe sobrava para dedicar à família.