sábado, 12 de novembro de 2011

19 MESES HOJE

Estou à espera que voltes, num sereno regresso. Foi hoje, num sonho fugaz. Eras tu, doce, completo, inteiro, total - pasta, papeis, livros, cheiro a tabaco, coração com coração. Senti-te ao longe, abri-te a porta, abracei-te. Disseste: “Sabe-me tão bem”! O quê? Não perguntei, não sei, nem quis saber. Sorriste, feliz, contente! Perguntas, para quê?
Quando as saudades se me agarram como uma sombra, procuro tuas mãos nas minhas mãos, teus olhos nos meus olhos, teu rosto no meu rosto, e choro, porque me lembro da tua imensa ternura, do teu olhar doce, do teu forte abraço, das tuas mãos que inspiram confiança. Henrique, meu amigo, meu companheiro, vem-me buscar quando eu morrer, e leva-me nas asas do vento. Grão fundido no grão, veremos um mundo novo. Dançaremos nas brisas da tarde, dormiremos no leito dos rios, unidos para sempre. No pó que então seremos o nosso destino é o mar. Juntos, quando eu morrer!...