segunda-feira, 14 de novembro de 2011

RECUSAR - O COLECTIVISMO, O CONSERVADORISMO, O INTERNACIONALISMO, O NACIONALISMO CHAUVINISTA

"Defendemos uma consensualização social coerente, patriótica e democrática. Isto significa procurar associar as organizações sindicais e patronais a uma política concertada de trabalho e de justiça.

Mas não podemos deixar-nos conduzir para caminhos que nunca mais tenham fim, ou para tácticas de penoso arrastamento de soluções. O diálogo social não é sinónimo de “conversa de surdos”, nem pode significar bloqueamento subtil ou aberto a medidas de fundo, que são necessárias para viabilizar o progresso económico e potenciar maior justiça social no futuro.

O poder tem que ser exercido com autoridade democrática, com firmeza e com sentido de equilíbrio e justiça.

Não podemos favorecer uns contra os outros, numa óptica classista e de raiz quer marxista, quer de liberalismo passadista.

É sob uma visão moderna e de reformismo realista que apoiaremos os que trabalham, os que investem criando emprego, os que se dedicam com competência e esforço a criar progresso e a gerar riqueza.

Estamos contra os que especulam com o crédito ou o desviam das suas finalidades, estamos contra os que boicotam o trabalho honesto de quem quer trabalhar.

Somos a favor da liberdade sindical na independência e autonomia dos sindicatos e das organizações patronais.

Somos contra os que transformam certos sindicatos em “câmaras de ressonância” repetitiva da voz de forças partidárias, ou que fazem de certas organizações patronais palco de encapotadas movimentações político – partidárias.

Em regime democrático não se pode permitir a confusão do estatuto institucional das forças partidárias com a dos parceiros sociais.

A legitimidade de um Governo advém-lhe do sufrágio universal.

A legitimidade de direcções sindicais e patronais provém do sufrágio sectorial e de voto circunscrito aos correspondentes associados."