quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

NÃO HÁ SOMBRAS NA NOSSA DEMOCRACIA


A partir de 4 de Setembro de 1981 o Henrique retoma o lugar de deputado (para que tinha sido eleito).
A Comissão Política Nacional do PSD delibera, por unanimidade, a sua candidatura a vice-presidente do partido. O Conselho Nacional, (reunido nos dias 19 e 20 de Setembro), confirmará essa decisão.
O Henrique ficará, assim, responsável, (interinamente até ao Congresso), pela presidência da Comissão Política do Partido. E assume essa responsabilidade em plenitude. A sua missão: relançar o PSD, na sua vertente social-democrata, na linha sempre defendida por Sá Carneiro – partido de centro esquerda. E assume-o de imediato.
A 14 de Outubro em entrevista à RDP 1 conduzida por Pedro Cid , o Jornalista comenta
“Quem o ouvisse ler como leu o comunicado, da comissão política nacional, a declaração política do PSD, ao fim da manhã de hoje, quase que se daria conta que tinha ressuscitado o espírito de Sá Carneiro.”
"N.R. Bom, ainda bem que você diz que é o espírito de Sá Carneiro que estava ali presente. O PSD foi fundado por Sá Carneiro, transformou-se no maior partido português, graças ao projecto de sociedade que Sá Carneiro defendeu e portanto o PSD com isso apenas se mantém coerente consigo próprio.
A democracia deve ser clara, as opiniões devem ser exprimidas com total frontalidade. Eu pergunto como é que nós podemos vencer a nossa situação se não partirmos de um diagnóstico correcto de quais são efectivamente as nossas dificuldades; hoje as promessas são efectivamente para cumprir, mas temos de saber com que meios as devemos cumprir.
No meu entendimento não há sombras na nossa democracia. Estamos a viver num regime democrático, as eleições presidenciais estão terminadas, as eleições legislativas estão terminadas.

O projecto que o Governo segue foi votado em eleições livres e consubstancia-se no programa que a assembleia  aprovou
Um projecto diferente teria de se submeter aos mesmos processos democráticos.
Toda a contestação é legitima quando se assume com clareza democrática e de acordo com as regras próprias dos partidos. Aquilo que eu penso que o nosso povo esperava era que tivéssemos agora 4 anos de normalidade democrática para lutar contra  as dificuldades económicas e para vencer as injustiças sociais. Essas sim, essas podem ser as nossas sombras. Mas não são sombras que pesem sobre o regime democrático.”