sábado, 3 de março de 2012

TEMOS QUE SER PARA CONVENCER


“Somos um partido suficientemente forte para que não se deva ter receio de reconhecer os erros e falhas cometidos. Como maior partido português, aquilo que legitimamente se pode exigir de nós é que assumamos a responsabilidade de o ser em termos de convencer. Com humildade democrática e com realismo político devemos admitir que há muita coisa que tem falhado e que não pode continuar a falhar. Fazer um diagnóstico correcto da situação e perspectivar o futuro do partido e do País em termos de uma social-democracia que não tem que ser posta na gaveta mas deve, sim, ser pensada à luz das constrições impostas pela crise internacional e interna, eis ao que pode levar uma desejável reflexão colectiva das principais figuras sociais-democratas, reflexão assumida como sentido de relançar o PSD e com o intuito patriótico de se afrontar e superar a crise que o País atravessa. Não é com atitudes de avestruz que o conseguiremos.”

IN “O Tempo” 2 de Dezembro de 1982